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Vladyslav Voytso: “O basket também é um desporto de grandes palcos”

Vladyslav Voytso, jogador de basquetebol do FC Porto, nasceu na Ucrânia há 20 anos, mas é internacional pelas seleções jovens portuguesas. Atua na posição de extremo e já foi eleito melhor jogador jovem da Europe Cup, competição europeia de basquetebol. Venceu, por Portugal, o Europeu de Sub-20 (Divisão B), alinhando ao lado de outras promessas do basquetebol nacional como Neemias Queta e Rafael Lisboa.

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O que significa para ti praticar uma modalidade num país onde ela não é dominante? Que diferenças notas face a outros desportos?

Claro que se nota muita disparidade entre o basket e o resto das modalidades, mas, de certa forma, dá-nos motivação para continuar a trabalhar e mostrar ao público que o basket também é um desporto de grandes palcos.

Se te tivesses que definir enquanto jogador, o que dizias?

Acho que sou um jogador muito apaixonado pelo que faço, sou muito trabalhador e vou sempre dar o máximo em cada aspeto do jogo.

O basquetebol é um desporto onde se fala muito em estatísticas. Esses números têm um impacto real na vossa forma de trabalhar?

Claro que a estatística tem sempre impacto. No final do jogo, qualquer jogador tem curiosidade por saber a sua, mas dentro de campo não é isso que interessa. Quando estamos a jogar o que interessa é dar o melhor pela equipa.

Imagens: FIBA

O que te faz acompanhar mais basquetebol europeu do que NBA?

 A NBA é uma liga onde predomina o espetáculo e sim, às vezes até acompanho alguns jogos, mas o basquetebol europeu assemelha-se mais ao que se joga cá em Portugal, então traz-me muito mais vantagens ver ligas em que veja basket que se assemelha ao que eu jogo.

Referiste recentemente que o teu ídolo, em termos de basquetebol, é o Nando de Colo. Porquê?

Sim, é um jogador que admiro imenso. Tem uma longa carreira e de grande sucesso. Já passou por diversas ligas e aprecio muito o estilo de jogo dele e a forma como ele traz grande versatilidade ao seu jogo.

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Foto: BeBasket

Já tiveste propostas para ires jogar no estrangeiro, nomeadamente nos Estados Unidos? Se sim, o que te levou a não aceitar?

Sim, já recebi convites para participar em academias dos EUA, mas o FC Porto sempre me ofereceu melhores condições e não achei vantajoso aceitar essas propostas.

O que achas que ainda tens que fazer para chegar ao nível de EuroLeague ou até NBA?

Ainda tenho muito que trabalhar. Tenho que melhorar bastantes aspetos, tanto defensivos, como ofensivos, mas acho que o FC Porto proporciona-me todas as condições para o fazer e, acima de tudo, tenho muita vontade em continuar a evoluir.

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Foto: FPB

O FC Porto tem apresentado um registo vitorioso. Onde pode chegar esta equipa?

Num clube como o FC Porto um dos nossos objetivos é sempre ganhar títulos e é isso que esperamos alcançar em todas as competições em que participamos.

Como se supera a ausência de jogadores que tinham vindo a ser influentes e mesmo assim se continua a vencer?

É difícil ver dois colegas de equipa (Tanner McGrew e Max Landis) terem duas lesões graves, mas somos uma equipa e mantivemo-nos unidos e é assim que vamos continuar a ser independente do que aconteça.

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Foto: FPB

Como foi vencer o Europeu de Sub-20? Ser o Grupo B ou não influencia a forma como olham para esta conquista?

Foi um marco histórico e estou muito orgulhoso de ter feito parte desta geração. Para se jogar na divisão A tem que se vencer a divisão B primeiro, e foi isso que nós fizemos. Agora é esperar pelo sucesso das gerações futuras.

O basquetebol nacional tem crescido em termos da qualidade dos seus jogadores?

Sim, sem dúvida. As gerações que se seguem têm muita qualidade. Há muitos jogadores jovens a jogar na liga e com bastante qualidade.

Foto de destaque: FPB

Francisco Martins
Estudo Jornalismo e Comunicação e foi algures entre a escrita e o desporto que lá veio a ideia de poder vir a ser jornalista. Contar histórias, conhecer pessoas e relatar o que de especial há nelas. No fundo, dar aos outros coisas para falarem.

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