
Hospitais privados vão começar a receber doentes de Covid-19
Os pacientes diagnosticados com o vírus nas unidades particulares vão deixar de ser encaminhados para os hospitais de referência.
O aumento do número de casos de internamento por Covid-19 levou a que o governo decidisse alargar o tratamento destes doentes às unidades de saúde privadas. Segundo o Público, a partir de hoje, as pessoas infetadas com coronavírus que sejam diagnosticadas em hospitais privados vão ser aí tratadas, deixando de ser encaminhadas para os hospitais de referência da rede pública.
Em conferência de imprensa, o secretário de Estado da Saúde afirmou que a ajuda disponibilizada pelos privados é muito importante como resposta complementar ao SNS. Com esta medida estarão disponíveis mais 450 camas para cuidados intensivos, que se juntam às 1124 já contabilizadas no SNS. A estas camas juntam-se ainda 250 ventiladores presentes nos hospitais privados, números referidos pelo secretário de Estado da Saúde.
Alguns dos grupos privados de saúde já se estavam a preparar para receber doentes de Covid-19. O grupo CUF enviou esta semana um comunicado aos funcionários a explicar que o Hospital CUF Porto e o Hospital CUF Infante estão aptos a diagnosticar e tratar doentes com o novo coronavírus. Também o grupo Lusíadas Saúde emitiu um comunicado no qual dizia disponibilizar 231 camas de internamento, 54 ventiladores e as respetivas equipas de saúde necessárias do Hospital Lusíadas Albufeira, Clínica de Santo António e uma parte do Hospital Lusíadas Porto para pessoas infetadas.
Na conferência de imprensa da passada quinta-feira, o Ministério da Saúde refere que a maioria dos hospitais já estão prontos a receber pacientes infetados e a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, explicou também que todos os hospitais estavam a criar circuitos para separar os doentes com e sem suspeita de infeção.
Já na sexta-feira, Graça Freitas afirma que Portugal tem capacidade para realizar 9000 testes. Informou ainda que estão a chegar novas metodologias que terão de ser validadas pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.
Fotografia de destaque retirada do jornal Expresso