
Covid-19: FMI antecipa uma queda de 8% na economia portuguesa
Fundo Monetário Intercional (FMI) antecipa a pior crise desde 1928. Banco de Portugal aponta para um impacto da covid-19 pior do que o registado com a pandemia da pneumónica e Primeira Guerra Mundial em 1918.
Em virtude dos números e do impacto constante provocado pela pandemia da Covid-19, a economia portuguesa vai cair 8%. A economia mundial também vai contrair 3% este ano, segundo as previsões do FMI. A diretora-geral, Kristalina Georgieva alerta que o impacto será “muito maior do que durante a crise financeira de 2008/2009”.
Fotografia retirada do Observador
Na publicação do World Economic Outlook (WEO) em Washington, projeta-se que Portugal registe uma queda do Produto Interno Bruto de 8% este ano, uma estimativa que é muito mais negativa do que as projeções feitas pelo Banco de Portugal no final de março. O desemprego deverá disparar para 13,9% até ao final de 2020, mais do dobro da taxa registada em fevereiro.
Segundo o Observador, o cenário apontado para Portugal diz respeito à mais profunda recessão económica desde que existem estatísticas fidedignas. O Instituto Nacional de Estatísticas (INE) já havia apresentado uma simulação em que bastava uma queda de 25% na atividade do turismo, que pode provavelmente ser maior, para retirar 2,9% à riqueza produzida em 2020.
O FMI refere que os países mais expostos à atividade turística como Portugal vão estar entre os que mais vão sofrer com a recessão económica. Mário Centeno, em entrevista à TVI, já havia alertado para uma queda histórica do PIB no segundo trimestre deste ano que pode chegar aos 20%. O ministro das finanças salientou que o país está a “reagir a algo para o qual não existe um guião” e projeta que só em 2022 o país possa voltar aos números registados antes da pandemia.

Fotografia retirada do site da TVI24
Segundo a publicação na revista Economic Outlook, “esta crise não é igual a nenhuma outra. Primeiro porque o choque é muito grande e geral. A perda de produção associada à emergência na saúde e às medidas de contenção irão provavelmente eclipsar as perdas geradas pela crise financeira global. Em segundo, tal como numa guerra ou crise política, existe uma acentuada e contínua incerteza sobre a duração e a intensidade do choque. Em terceiro, as atuais circunstâncias exigem um papel muito diferente das políticas económicas.”
O novo cenário de crise tem características nunca antes vistas, avisa a introdução do relatório sobre a economia que prevê iguais consequências económicas para outros países europeus. A recessão será a realidade para a generalidade das economias e blocos económicos, com algumas exceções na Ásia, onde a China deverá crescer apenas 1,2%.
Fotografia de destaque retirada do site Notícias ao Minuto