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Ludis

COI diz que “não é necessário tomar decisões radicais” para Tóquio-2020

No momento em que inúmeros países estão fechando suas fronteiras e aconselhando cidadãos a permanecerem em quarentena por conta da pandemia do novo Coronavírus, o Comitê Olímpico Internacional (COI) não fala publicamente em cancelar os jogos de Tóquio-2020 e incentiva atletas a continuarem treinando. 

Na última terça-feira, a organização considerou: “não é necessário tomar decisões radicais”, no mesmo dia em que a Eurocopa e a Copa América foram adiadas para 2021. Um dia depois, o COI adotou um tom mais brando para tratar do assunto. O porta-voz do Comitê Olímpico declarou que “é uma situação excepcional que exige soluções excepcionais”, mas ainda assim não há certeza do adiamento ou cancelamento dos jogos, que se irão realizar entre os dias 24 de julho e 9 de agosto deste ano. 

As reuniões entre o presidente da entidade, os Comitês Olímpicos nacionais e os representantes de atletas devem prosseguir nesta quinta-feira. A dúvida sobre a mudança de data dos jogos olímpicos de Tóquio-2020 persistem e a incerteza se junta à indignação de alguns atletas após a nota divulgada pelo COI na última terça-feira, na qual a organização incentiva os competidores a continuarem treinando normalmente. 

A saltadora com vara grega Ekaterini Stefanidi, campeã nos últimos jogos olímpicos Rio-2016, foi uma das atletas a se posicionar contra a declaração do Comitê. Em uma postagem no Twitter, Stefanidi disse: “Isso não é sobre como as coisas vão estar daqui a 4 meses. Isso é sobre como as coisas estão agora. O COI quer que continuemos a arriscar nossa saúde, a de nossos familiares e a saúde pública só para que possamos treinar todos os dias? Vocês estão nos colocando em perigo agora, hoje, não em 4 meses”. 

Em um comunicado feito na última quarta-feira, o porta-voz do COI afirmou que “não há solução ideal para esta situação, no momento”, mas afirmou que o Comitê Olímpico Internacional está determinado a encontrar uma solução que tenha impacto mínimo para os atletas, na intenção de proteger tanto a integridade da competição quanto a saúde dos competidores. 

Fotografia de destaque retirada de publicação da agência Reuters