
Professores e não-docentes têm de comparecer nos estabelecimentos de ensino
O Primeiro-ministro decretou, na passada quinta-feira, o encerramento de todas as escolas a partir de dia 16 de março. Tiago Brandão Rodrigues, ministro da Educação, enfatiza que “ninguém está de férias”.
Uma das principais medidas anunciadas pelo Governo para conter o novo coronavírus foi o encerramento das escolas no país, a partir de segunda-feira. No entanto, os professores e pessoal não docente vão ter de continuar a ir às escolas no período de suspensão das atividades letivas e não-letivas presenciais. A medida irá vigorar até ao início das férias da Páscoa e abrange todos os graus de ensino.
Tiago Brandão Rodrigues enfatizou que “ninguém está de férias”, na conferência de imprensa do Conselho de Ministros, e que os funcionários e professores deverão ir trabalhar. A favor da medida, o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, frisa que “podemos trabalhar de uma maneira diferente, reduzindo a interação. Há boas práticas para que as pessoas possam continuar nos seus postos de trabalho”.

O ministro da Educação defendeu que a ausência de alunos no espaço escolar vai permitir aos funcionários e professores um maior distanciamento social. Sugere, também, que alguns dos encontros nas escolas passem a realizar-se através de videoconferência ou em regime de teletrabalho. Na conferência, anunciou, ainda, que esta sexta-feira, haverá uma reunião com as organizações representativas dos diretores para que, entre todos, se possa “densificar um conjunto de ferramentas e instrumentos para garantir que o processo de ensino e aprendizagem possa acontecer”.
Uma hipótese alternativa às aulas presenciais, passa pela disponibilização de recursos digitais aos alunos. De acordo com o ministro, esta é uma possibilidade que já está a ser trabalhada. Para além do trabalho com as escolas a nível nacional, Tiago Brandão Rodrigues realça que estão também a trabalhar com parceiros europeus, no âmbito da União Europeia.
Brandão Rodrigues afirma que algumas instituições de ensino poderão permanecer abertas para os alunos beneficiários da ação social escolar, que têm as suas ações asseguradas pelas cantinas escolares. “Acaba por ser uma resposta social”, visto que pode ser garantida, também, por autarquias e outras estruturas do setor social, reforça.
Quanto ao calendário escolar e à calendarização dos exames nacionais, o ministro da Educação assegurou que, até à data, não está prevista nenhuma alteração. Deixa, ainda, uma palavra de “extrema confiança no trabalho das nossas escolas” e apela à responsabilidade dos estudantes para que sejam “partícipes neste momento comunitário”.
Fotografia de destaque retirada do jornal Público