
Primeiro-ministro britânico declarou entrada do estado em quarentena
Aumento do número de profissionais nas equipas médicas, abertura de novo hospital e recrutamento de cidadãos voluntários são algumas medidas complementares.
O Reino Unido é o mais recente país da Europa a declarar confinamento obrigatório. Após ter defendido que os ingleses se devessem infetar para ser criada imunidade de grupo, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, implementou medidas mais rígidas. Desde 23 de março, ao final do dia, que os cidadãos só devem sair para adquirir bens essenciais.
“Embora a maior parte das pessoas esteja a cumprir, chegou a hora de todos fazermos mais. A partir desta noite devem todos ficar em casa”, informou ontem o líder britânico num comunicado à nação. As exceções à quarentena estabelecida são a compra de comida ou medicamentos; a prática de exercício físico, uma vez por dia e sozinho ou com membros da família; a prestação de assistência a quem precise; ou deslocações para o trabalho, caso este seja impossível de realizar a partir de casa.
Os estabelecimentos que não se considerem imprescindíveis, como lojas de roupa ou igrejas, devem ser encerrados, afirmou o primeiro-ministro. A polícia britânica tem agora autoridade para atribuir multas a quem se encontre em incumprimento das novas medidas. A situação manter-se-á por três semanas e será, nessa altura, reavaliada.
De acordo com dados publicados pelo Ministério da Saúde britânico, o número de mortes causadas pelo novo coronavírus no Reino Unido aumentou seis vezes numa semana, tendo passado para 335. Registou-se também, esta segunda-feira, o maior número de fatalidades em 24 horas, tendo este sido 87. Hoje, pelas 13h, as entidades competentes declararam um total de 422 mortes. Segundo a BBC, há 8077 casos de COVID-19 confirmados.
Matt Hancock, secretário de Estado da Saúde, anunciou um programa de voluntariado para o Sistema Nacional de Saúde (National Health System – NHS), numa videoconferência de imprensa. Procuram-se 250 mil pessoas para comprar e entregar medicamentos a quem está em isolamento. Hancock acrescentou que mais de 11 mil antigos funcionários do NHS vão voltar ao serviço e que mais de cinco mil finalistas de Medicina e Enfermagem vão também integrar as equipas. O secretário garantiu que militares estão a montar um novo hospital com capacidade para quatro mil pessoas, que deverá abrir brevemente na zona de Londres.
Fotografia de destaque retirada de Notícias ao Minuto