
“My Darling Quarantine”: mais um festival para assistir em casa
Numa época de crise para a indústria cinematográfica, não faltam alternativas a surgir ‘online’. Gera-se, também, uma onda da solidariedade, num tempo marcado pela incerteza.
O festival começou dia 16 de março e o objetivo é fazê-lo durar até esta situação, provocada pela pandemia da COVID-19, chegar ao fim. A iniciativa de Enrico Vannucci, consultor do Festival de Veneza, tem como propósito angariar fundos para apoiar os Médicos Sem Fronteiras e todas as instituições culturais que atravessam “um período de crise”, segundo o jornal Público. Por semana, serão exibidas sete curtas-metragens diferentes. Os espectadores podem votar nas suas favoritas.
À semelhança de tantas outras áreas, a indústria cinematográfica tem procurado adaptar-se à situação gerada pelo novo coronavírus. Com as salas encerradas, eventos cancelados ou adiados e para salvaguardar a saúde dos cinéfilos, surgiu a ideia do festival ‘online’ “My Darling Quarantine”.
O projeto do consultor do Festival de Veneza conta com o apoio da revista digital Talking Shorts. Cada curta-metragem será voltada para o tema “distopia”, segundo a publicação oficial da revista. “Para dar suporte aos mais necessitados”, a equipa configurou, também, uma página na “GoFundMe”. 50% dos fundos serão doados aos Médicos Sem Fronteiras, que “apoiam pessoas em todo o mundo que não têm acesso a um sistema de saúde em funcionamento”. A restante metade do dinheiro angariado será para instituições e trabalhadores culturais.
As pessoas têm, para além de votar na sua obra preferida por semana, a possibilidade de fazer donativos. Emilia Mazik, diretora artística da mostra, afirma que, com o “My Darling Quarantine”, querem “mostrar como a indústria cinematográfica consegue manter-se unida em tempos de crise, oferecendo entretenimento a pessoas em todos os cantos do mundo que estão presas em casa”, segundo o jornal Público.
Além do entretenimento, gera-se uma onda de solidariedade, num tempo de incerteza. Pretende-se “espalhar o amor pelas curtas muito mais rapidamente do que qualquer vírus”, como se pode ler na página da revista Talking Shorts.
Fotografia de destaque retirada do jornal Público