
EUA anunciam suspensão da contribuição para a OMS
Donald Trump anunciou que vai suspender a contribuição do país à Organização Mundial da Saúde (OMS), pondo em dúvida a seriedade desta organização no combate à pandemia da covid-19.
O Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), considera que “o mundo recebeu muitas informações falsas sobre a transmissão e mortalidade” da covid-19, e colocou em prática “uma avaliação para examinar o papel da OMS na má gestão e ocultação da disseminação do novo coronavírus”.
Grande parte do discurso do Presidente foi dirigido à OMS, mas a China também foi alvo das críticas. Trump considera que a OMS devia ter investigado a atitude do Governo chinês face à pandemia. Segundo o presidente, se a organização “tivesse feito o seu trabalho e enviado especialistas médicos para a China”, para averiguar a “situação no local”, a pandemia poderia “ter sido contida na fonte com pouquíssimas mortes”.
Curiosamente, a 24 de janeiro, o Presidente norte-americano tinha elogiado o Governo chinês pelos esforços para conter o vírus e pela transparência demonstrada face à pandemia, voltando agora atrás na sua palavra.
A decisão norte-americana foi imediatamente criticada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, que sublinhou que este “não é o momento de reduzir o financiamento das operações” da OMS “ou de qualquer outra instituição humanitária que combata o vírus” da covid-19.
A China reagiu também a esta decisão, manifestando “profunda preocupação” com a decisão de Washington e considerando que ela “enfraquecerá as capacidades da OMS e prejudicará a cooperação internacional contra a epidemia”.
Já na semana passada, Donald Trump tinha ameaçado suspender a contribuição financeira para a OMS, acusando a organização de ser demasiado “pró-chinesa”, nas decisões que toma no combate à pandemia.
Foto de destaque retirada de SIC Notícias