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Casa da música corta nos salários, mas continua a receber apoio do estado

Catarina Martins, líder do Bloco de Esquerda (BE) criticou a gestão e administração da Casa da Música. Em causa está a suspensão dos salários dos trabalhadores que, segundo a deputada do BE, corresponde a uma atitude de “má fé”.

A instituição conta com cerca de 300 funcionários, sendo que poucos são efetivos. Catarina Martins defende que o Decreto-Lei atual sobre o cancelamento de espetáculos “permite que as instituições financiadas pelo Estado paguem aos trabalhadores”. “A lei deve obrigar o pagamento a 100%” no caso de cancelamento de espetáculos naquelas instituições culturais, segundo a coordenadora do BE.

Vídeo retirado da página de Facebook de Catarina Martins

Em declarações aos jornalistas no Porto, Catarina Martins apelou à intervenção da ministra da Cultura neste e noutros casos de abuso sob os trabalhadores de instituições financiadas pelo Orçamento do Estado e que tenham dispensado “falsos recibos verdes” ou cortado o rendimento de funcionários para “poupar à custa dos trabalhadores”.

A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) tem em curso um inquérito sobre a Fundação Casa da Música, aberto na sequência de denúncias feitas há semanas. Através de um abaixo-assinado, os trabalhadores da Casa da Música pedem à fundação para que se cumpram os “compromissos”, considerando que as “soluções” propostas não são, de todo, razoáveis.

Em resposta à Lusa, a fundação garantiu que “todos os trabalhadores da Casa da Música estão a receber integralmente as suas remunerações, incluindo complementos, sem qualquer alteração ou interrupção”.

Fotografia de destaque retirada do site Notícias ao Minuto

João Costa e Silva
Estudante da licenciatura em Jornalismo e Comunicação.